Empatia e inclusão 60+.

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60+ aumentaram no Brasil: o mercado precisa ficar atento

Há alguns dias li um artigo de um site bem interessante, que trata de forma séria e comprometida de assuntos que trazem impacto para o conjunto de sociedade, e me chamou a atenção um artigo que trata da economia voltada ao idoso.

O artigo – que você poderá ler se clicar no link que está no final deste parágrafo – mostra que não são muitas as empresas brasileiras que estão se preparando para atender as demandas dos idosos, que estão crescendo em quantidade e em nível de exigência (Leia o artigo completo).

E, de fato, de acordo com um site do governo federal(Leia mais) , o percentual de pessoas com mais de 65 na população cresceu mais de 57% entre os censos de 2010 e de 2022.

Por isso, fabricantes de produtos que não se preocupam em colocar os produtos que as pessoas consomem mais conforme a idade, como medicamentos, alguns tipos de alimentos e outros produtos podem estar nadando contra a maré dos novos tempos.

E, atenção comerciantes de todas as áreas: atendimento cordial e qualificado para a galera prateada que chega em seu estabelecimento não é ser bonzinho é agir com estratégia mercado lógica!

Eu queria ilustrar esse assunto como uma história que presenciei há poucos dias.

Os Desafios de Comprar em Farmácias na Terceira Idade

Estava eu, visitante assíduo das farmácias — assiduidade que tem aumentado conforme envelheço —, escolhendo uma embalagem de soro fisiológico, quando me deparei com uma cena que parecia saída de uma comédia de costumes. Uma senhora, aparentemente um pouco mais velha que eu (ou assim prefiro acreditar), se agachava para alcançar um produto nas prateleiras de baixo. Parecia ser daqueles lenços umedecidos.

Até aí, tudo normal. O verdadeiro espetáculo começou quando ela tentou se levantar.

Com uma bolsa que parecia possuir vida própria presa entre o joelho esquerdo e o tórax, além de dois pacotes do produto equilibrados na mão direita, a minha futura amiga enfrentava um desafio digno de um atleta olímpico. A cada tentativa, era como se ela estivesse ensaiando um golpe de capoeira para impulsionar as pernas.

Letras Pequenas e Prateleiras Baixas: Problemas Universais?

Não resisti e fui ao resgate.
— Posso ajudar? — perguntei, com um sorriso solidário.

— Se puder me dar uma mão amiga, aceito de bom grado — respondeu ela, com aquele olhar misto de alívio e resignação.

Juntos, realizamos uma coreografia estranha e profundamente constragedora, e ela finalmente se colocou de pé.

Entre ajustes na bolsa e uma risada cúmplice, ela desabafou:

— Essas prateleiras estão mais baixas ou somos nós que estamos mais inflexíveis?

Rimos juntos, mas não era só sobre a altura das prateleiras.

A conversa fluiu naturalmente para outro dilema universal dos idosos: as letras microscópicas nos rótulos.

— Será que a Anvisa tem uma regra para isso? Tipo: “Escreva o prazo de validade em fonte tamanho dois e sobre fundo preto”? — brinquei.

Ela riu e continuou:
— Outro dia comprei um creme e só percebi em casa que estava vencido há seis meses. Acho que meus olhos não são mais os mesmos de antigamente.
— Mas o seu dinheiro continua valendo, não é? — completei, já sentindo aquela pontinha de revolta.

Uma Ideia para Tornar Nossa Vida melhor

Enquanto enfrentávamos a fila — daquelas que parecem parte do currículo obrigatório da terceira idade —, tive um lampejo:

— Sabe, deveríamos criar um movimento. “Idosos Unidos por Prateleiras Acessíveis”!

Ela gargalhou.

— Gostei! E podemos exigir que as letras nos rótulos tenham, no mínimo, tamanho 14.

Aquele encontro casual na farmácia não foi apenas um alívio momentâneo; tornou-se uma reflexão sobre como o mundo pode (e deve) ser mais acessível para nós.

Por que Aceitamos o Inaceitável?

Voltando para casa, ainda refletia sobre o episódio. Quantas vezes nos adaptamos ao mundo, em vez de exigir que o mundo também se adapte a nós? Não pedimos privilégios, apenas o básico: prateleiras acessíveis, rótulos legíveis e funcionários treinados para oferecer assistência, não olhares de impaciência.

Como Melhorar a Acessibilidade no Comércio

Se você já enfrentou situações parecidas, aqui vão algumas sugestões práticas:

  1. Use ferramentas auxiliares: Leve um pegador de objetos. Não é estranho, é prático!
  2. Denuncie irregularidades: Letras pequenas e falta de acessibilidade podem ser reportadas.
  3. Peça ajuda: Funcionários estão lá para isso (e, se não ajudarem, reclame com o gerente).
  4. Participe de movimentos locais: Mobilize amigos e vizinhos para exigir melhorias no comércio da sua cidade.

Convite ao Leitor

E você, já viveu alguma situação parecida em farmácias ou mercados? Compartilhe sua experiência nos comentários. Quem sabe, juntos, possamos transformar esses pequenos perrengues em mudanças reais e até dar umas boas risadas no processo.

Afinal, como aprendemos naquele corredor da farmácia, até um gesto simples pode virar o início de uma amizade ou de um movimento que faz a diferença. E, da próxima vez que visitar uma farmácia, quem sabe encontre produtos ao alcance e letras que não precisem de lupa?

Diga: você acha que eu e a senhora da farmácia estamos certos ou é exigir demais dos comerciantes?

Mande um email contando suas agruras e possíveis peripécias no comércio.

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